terça-feira, 9 de novembro de 2010

Só os fortes sobrevivem à Linha 2

Depois de pastar na Av. Brasil ontem, o que me fez chegar meia hora atrasada, resolvi largar essa vida de lotada (principalmente esta vida de gastar R$ 7 toda manhã pra chegar ao Centro), me imbuí de coragem e vim pro trabalho de metrô. Muito metida a espertinha, já q volta e meia pego o metrô pra voltar pra casa, achei q já estava calejada.

Ledo Ivo engano.

A sacanagem já começa na plataforma. Tô eu lá, a galera se juntando (sim, pq qdo eu entrei na plataforma uma composição já estava encostando e a turba já estava se espremendo pra dentro do trem)... qdo o auto falante manda a pérola: a composição assim assado que irá encostar é composta de apenas cinco carros. Caracoles. O q tinha acabado de sair era do maior, e já tava entupido de gente. Deu medo do próximo. Mas tb... Eu já estava lá dentro. Não ia dar pra fugir. Dei uma de Tiririca, pensei: pior do que está, não fica, e fiquei lá.

Cara, de boa. Muita gente lá dentro.

Durante o caminho, observei o Metrô do Rio dar toda uma nova roupagem às leis da Física. Afinal, dois corpos podem, sim, ocupar o mesmo lugar no espaço. A cada estação que o infeliz parava, eu pensava: de boa, não cabe mais ninguém. E não é que cabia? E foi assim até chegar na Central, quando finalmente rola um alívio e boa parte da galera desce.

Detalhe que eu passei por tudo isso imprensada entre um paraibinha pequeno que tava dormindo em pé, um tio que era a cara do seu Madruga e um outro carinha que até era simpático, mas que ouvia algum heavy metal berrando nos ouvidos. A ponto de dar pra eu ouvir - e ainda tentar identificar quem, afinal, berrava naquele ouvido. Esse papo de "espaço individual", "privacidade", essas churumelas... nada disso cola no metrô.

A única vantagem é q eram 8h10 e eu já estava no Centro. Mas alguma compensação eu tinha que ter, né...

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